"Não queremos, irmãos, deixar-vos na ignorância a respeito dos mortos, para que não vos entristeçais como os outros que não tem esperança" ( 1 Tes 4, 13).
Que beleza, nossa fé destrói ou pelo menos deveria destruir o sentido negativo que temos da morte.
Como destruiu a de São Francisco, a ponto de ele chamá-la de Irmã Morte, pois nos leva de volta a casa paterna, e a contemplar a face do Senhor.
Por isso celebrar nossos entes queridos é celebrar nossa saudade, pois nossa fé nos da à certeza que essa separação não é para sempre, pois nos veremos no céu. Não teremos lá, parentesco, pois seremos como os anjos, mas vamos nos reconhecer uns os outros e poderemos viver eternamente juntos. Esse ensinamento nos vem de São Tomas de Aquino que diz que no céu vamos reconhecer nossos entes queridos, embora a atração de Deus seja muito maior.
E São Francisco de Xavier quando a missão o separava de seu amigo Santo Inácio de Loyola, o escreveu dizendo: Nessa vida, pode ser que não nos vejamos mais, mas no céu lhe darei um abraço eterno.
Por isso reza a Igreja no prefácio dos fiéis defuntos:
“Nele brilhou para nós a esperança da feliz ressurreição.
E, aos que a certeza da morte entristece,
A promessa da imortalidade consola.
Senhor, para os que crêem em vós,
A vida não é tirada, mas transformada.
E, desfeito o nosso corpo mortal,
Nos é dado, nos céus, um corpo imperecível.”
Prefácio dos Fiéis defuntos
É sempre bom observar os prefácios, pois sempre trazem ensinamentos riquíssimos que torna mais clara a nossa fé.
Embora o dia 2 de novembro ser um dia em que a Igreja recomenda nossas orações, missas, comunhão e indulgencias pelos nossos irmãos falecidos é também dia de proclamar-mos nossa fé, de que a morte já não tem mais a ultima palavra desde a morte de Cristo na Cruz. Lembra a Igreja em um outro prefácio: “Ele, morrendo destruiu a morte, e ressuscitando nos deu vida nova.”
Sem dúvida, o mês de novembro é um mês de graça para toda a Igreja, pois se inicia lembrando que não está sozinha, mas conta com a intercessão da Igreja Militar, ou seja, aqueles irmãos nossos que já estão no céu.
E no dia 2 somos convidados a transformar nossa saudade em missas, comunhão e até mesmo indulgências para aqueles irmãos nossos que compõe a Igreja Padecente, aquelas almas que estão no purgatório. Esse é o objetivo do dia 2 fundamentado na “Comunhão dos Santos”.
Lágrimas, só se for de saudade.
Terminamos rezando: "Ó meu Jesus perdoai-nos, livrai-nos do fogo do Inferno. Levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem! Amém!"
Deus abençoe você.
Até a próxima!
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